Farmacogenômica e suas influências no metabolismo dos fármacos psicotrópicos

Abstract

Distúrbios neuropsiquiátricos têm se tornado cada vez mais comuns na atualidade, sendo a farmacoterapia, ainda, o tratamento preconizado em grande parte dos casos. Diante disto, e com o recente e constante avanço da biologia molecular, a área da farmacogenômica, que se utiliza da análise de polimorfismos genéticos e suas implicações sobre o funcionamento de enzimas, receptores e transportadores associados com a resposta a fármacos, e por consequente, vias metabólicas que podem sofrer variações cruciais para a eficácia terapêutica, têm se mostrado promissora. Distúrbios do humor como depressão, esquizofrenia e psicose, além de epilepsia e doenças de expressão tardia como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer têm apresentado grandes perfis de refratariedade dentre diferentes populações. Diante desse cenário, a incidência de efeitos adversos e colaterais e alterações nos perfis de respostas esperados têm sido parcialmente justificadas com o avanço da farmacogenômica. Assim, a análise individual implicada na medicina personalizada vem a se tornar uma ferramenta com caráter decisivo em algumas situações para a adoção de uma intervenção medicamentosa com maior nível de segurança e efetividade.