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Título: A importância da construção de vínculos afetivos para o desenvolvimento de bebês em acolhimento institucional
Autor(es): Nascimento, Rosemeire Aparecida do
Galo, Fernanda
Palavras-chave: Psicanálise
Data do documento: 2018
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: GALO, Fernanda. A importância da construção de vínculos afetivos para o desenvolvimento de bebês em acolhimento institucional. São Paulo, 2018. 89 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2018.
Resumo: O acolhimento institucional é uma medida excepcional e temporária prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ocorre quando há violação de direitos, perdurando até a reintegração familiar, ou na impossibilidade desta, até a colocação em família substituta. Dentre as principais razões que acarretam o acolhimento institucional estão as dificuldades financeiras dos responsáveis, abandono, violência doméstica, dependência química, situação de rua, abuso sexual e perdas dos genitores por óbito ou prisão. Embora as crianças e adolescentes tenham seus direitos assegurados quando estão em situação de acolhimento, os cuidados prestados nesses espaços não englobam todas as suas necessidades e demandas, o que pode trazer prejuízos em seus desenvolvimentos afetivos-relacionais. Em caso de acolhimento institucional na primeira infância, a psicanálise aponta que a privação materna nos primeiros anos de vida possui efeito nocivo para a criança. Para o desenvolvimento infantil saudável é esperado a formação de vínculo afetivo materno-infantil e ofertas de cuidados satisfatórios. Essa vinculação é considerada primordial para a base do desenvolvimento da personalidade, da saúde mental e das relações futuras que a criança estabelecerá com o meio social. No acolhimento institucional o bebê é cuidado por educadoras sociais. Neste contexto, é importante a compreensão dos fatores que permeiam a atuação das educadoras sociais, como a formação de vínculos, as dificuldades de lidar com limites da atuação profissional e o exercício da maternagem. Também é importante considerar que nos abrigos há alta rotatividade de funcionários e elevado número de crianças acolhidas para poucos profissionais, o que consequentemente implica na qualidade dos cuidados ofertados aos bebês. Analisar os fatores relacionados ao desenvolvimento infantil desses bebês, mostra relevância científica e social, pois há poucos estudos voltados para essa temática. O presente estudo refere-se a uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, que apontou como se dá a formação e estabelecimento de vínculos entre educadoras sociais e bebês abrigados. Utilizou-se para tanto o procedimento de Desenho-Estória com Tema, aplicado em nove profissionais que atuam diretamente com os bebês. Os dados coletados e analisados, a partir do referencial psicanalítico, mostraram o sofrimento das educadoras frente ao processo de vinculação e desvinculação, o qual afeta a qualidade de cuidados ofertados aos bebês. Há o sentimento de não reconhecimento pelas atividades que desempenham, e também uma vinculação com crianças especificas, embora tenham a percepção sobre a necessidade de dar à criança um lugar subjetivo, ofertando não só cuidados higienistas, mas afeto. Observou-se ainda, no imaginário das educadoras e outros profissionais, que o abrigo não é o melhor para bebês, que eles devem ser cuidados por famílias substitutas. O trabalho possibilitou maior compreensão dos sentimentos que permeiam a relação entre as educadoras sociais envolvidas e os bebês acolhidos, reiterando aspectos apontados na literatura.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/920
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