A relação da microbiota endometrial com a manutenção da gestação após o processo reprodutivo assistido

Abstract

A fertilização in vitro é uma técnica buscada por mulheres que desejam engravidar, mas não obtêm êxito na gestação pelo método natural. O método é oneroso e possui um índice de sucesso de aproximadamente 25%, sendo necessário o desenvolvimento de modos de caracterização dos fatores associados ao insucesso de 75% das tentativas, bem como de técnicas capazes de reduzir tais índices. A presença de determinadas bactérias na microbiota uterina pode estar relacionada ao insucesso de FIV em alguns casos. A identificação prévia destes microorganismos e o uso de técnicas de identificação de embriões não saudáveis foram identificados em alguns estudos como capazes de contribuir com o sucesso do procedimento de FIV. O objetivo da presente pesquisa foi investigar a relação entre a microbiota uterina, o uso de NGS e o sucesso do processo de fertilização in vitro. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, com coleta de dados realizada em bancos de dados de indexação científica nacionais e internacionais. Os resultados indicaram que existe associação positiva entre bactérias presentes na microbiota uterina e o insucesso da gestação por meio da fertilização in vitro. Como fatores de diagnóstico e proteção, foi identificada a técnica de sequenciamento de nova geração, capaz de separar embriões saudáveis com maior possibilidade de fecundação. Conclui-se que são necessárias avaliações prévias focadas na caracterização da microbiota uterina associadas ao uso da técnica de NGS para que sejam ampliadas as possibilidades de sucesso da FIV.