Panorama atual da farmacoterapia para o tratamento da doença de Alzheimer

Abstract

A doença de Alzheimer é uma moléstia progressiva e degenerativa que acomete regiões responsáveis pela memória e cognição (córtex cerebral, hipocampo, córtex entorrinal e estriado ventral), afeta diretamente a autonomia e a qualidade de vida de seus portadores. Essa doença não representa apenas um impacto físico e psicológico ao paciente, que se torna dependente de cuidados ininterruptos, mas também um desafio aos familiares, aos cuidadores e à sociedade como um todo, além de gerar uma elevada demanda financeira tanto para o núcleo familiar como para a economia estatal. Por se tratar de uma doença do envelhecimento, somado ao aumento da expectativa de vida mundial diversas pesquisas vêm sendo realizadas com intuito de descobrir melhores alternativas aos fármacos já bem estabelecidos como terapia para o tratamento da Doença de Alzheimer. Foi realizada uma revisão com o propósito de sistematizar o conhecimento do uso e o alcance desses medicamentos, apoiando, assim, a prática e a organização teórica para futuras pesquisas na área. Após compilação de 31 artigos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2018, observouse que além dos inibidores de acetilcolinesterase, amplamente utilizados na terapia efetiva dos diferentes graus de acometimento, para os estágios iniciais da doença o cilostazol, a melatonina e terapia com estrógenos são recomendados, nos estágios moderados o uso de antiinflamatórios não esteroidais, antioxidantes e imunoterapia são opções mais indicadas, já nas fases mais avançadas do comprometimento apenas a memantina alcança resultados safisfatórios.