Métodos de diagnóstico por imagem no rastreamento do câncer de mama

Abstract

O câncer é atualmente responsável por uma em cada seis mortes no mundo. Mais de 14 milhões de pessoas desenvolvem neoplasias anualmente. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. A incidência da doença vem aumentando em praticamente todas as regiões do mundo, sendo uma questão de saúde pública mundial. Segundo o INCA, o número de mortes por câncer de mama no Brasil, em 2013, correspondeu a 14.388, sendo 181 em homens e 14.206 mulheres e há uma estimativa para 2018/2019 de 59.700 novos casos. Um bom prognóstico ocorre se diagnosticado e tratado oportunamente, uma vez que cerca de 60% dos diagnósticos no Brasil ocorrem em estágio avançado, dificultando o tratamento e justificando o alto número de mastectomias realizadas. O diagnóstico comumente é realizado por meio do autoexame das mamas, exames laboratoriais e exames de imagem. O autoexame é uma etapa importante no processo de identificação, pois oferece a oportunidade de um método de auxílio ao diagnóstico, evitando o diagnóstico tardio. No diagnóstico laboratorial, a presença de marcadores presentes no sangue ou em outros líquidos biológicos pode facilitar o diagnóstico dos tumores, auxiliando nos processos de diagnóstico, estadiamento clínico, estimativa de resposta ao tratamento, avaliação de reincidência e prognóstico. A Organização Mundial da Saúde preconiza o rastreamento por meio da mamografia e ultrassonografia por desempenharem papel central na detecção, no diagnóstico e na conduta das doenças mamárias. A mamografia é a primeira técnica de imagem indicada para o rastreamento populacional da neoplasia de mama em mulheres assintomáticas, avaliando a maioria das alterações clínicas mamárias. Já a ultrassonografia é utilizada adjunto à mamografia, sendo eficaz em detectar lesões ocultas na mamografia em mamas radiologicamente densas. A ressonância magnética vem se tornando um método promissor por cada vez mais preconizar-se o rastreamento precoce e possuir alta sensibilidade. O objetivo desse trabalho é comparar a utilização da ressonância magnética com a mamografia e a ultrassonografia, ressaltando a importância do papel da ressonância magnética na detecção, caracterização e no planejamento terapêutico do câncer de mama. Foi realizado levantamento bibliográfico na base de dados Google Acadêmico e portais eletrônicos Scientific Eletronic Library On-line (SciElo), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências e Saúde (LILACS), além de livros da biblioteca Pe. Inocente Radrizzani. A mamografia apesar de limitações, ainda é a principal técnica utilizada no rastreamento do câncer de mama, já a ultrassonografia é usada como método complementar. Atualmente, não é possível incluir a ressonância como método padrão de diagnóstico no câncer de mama, porém esse método possui papel determinante no diagnóstico.