Leucemia linfoide aguda em pacientes infanto-juvenis

Abstract

Leucemia linfóide aguda é um dos cânceres mais comuns na infância e no sexo masculino, porém de causa desconhecida. Esta revisão teve como objetivo caracterizá-la morfologicamente, explicando testes laboratoriais e exames realizados para a detecção da mesma; relacionar sinais e sintomas em comum com outras doenças, como artrite reumatóide juvenil e leishmaniose visceral, e a possibilidade de exercer diagnósticos diferenciais; elucidar o tratamento da doença, prognóstico dos pacientes e novas tecnologias. Os primeiros exames realizados para diagnosticar esta doença são: hemograma, mielograma e imunofenotipagem. Sabe-se que condições e polimorfismos genéticos, geralmente relacionados com o metabolismo do ácido fólico, podem predispor a doença. Tais anormalidades genéticas podem ser detectadas por testes como FISH, PCR e citogenética. O tratamento é dividido em algumas fases, porém, além da tradicional quimioterapia, são necessários acompanhamentos de suporte como endocrinologistas e fisioterapeutas para cuidados de eventuais efeitos colaterais ou impactos causados devido ao tempo de hospitalização. A imunoterapia com tisagenlecleucel receptor de antígeno quimérico anti-CD19 é uma nova tecnologia no tratamento de crianças e adultos jovens com leucemia linfóide aguda de células B recidiva ou refratária que obteve altas taxas de remissão em diversos estudos, entretanto, ainda são necessários estudos para que tal tecnologia seja utilizada no Brasil.