Influência da variabilidade genética na farmacoterapia da depressão maior

Abstract

A depressão maior é um transtorno altamente prevalente que possui um efeito incapacitante profundo em todos os aspectos da vida, incluindo o desempenho escolar, produtividade no trabalho, relacionamento com a família e amigos e capacidade de se inserir na comunidade, permitindo que o indivíduo perca anos de vida saudáveis. Atualmente, o melhor tratamento para essa doença são os antidepressivos, que possuem ampla atividade sobre a transmissão monoaminérgica do cérebro. No entanto, a variabilidade de resposta frente a esses medicamentos tem se tornado um problema devido à resposta terapêutica ineficaz e as reações adversas sendo considerado em partes um resultado da variabilidade genética. Esse estudo teve como o objetivo relacionar a interferência da variabilidade genética na farmacoterapia da depressão maior. Trata-se de uma revisão narrativa sobre o tema a fim de investigar os principais polimorfismos relacionados à farmacocinética e farmacodinâmica e demonstrar como essas informações podem ser utilizadas para aprimorar o tratamento atual preconizado. Os resultados do estudo demonstraram que o tratamento farmacológico com acompanhamento genético, também denominado de medicina de precisão, pode apresentar um caminho promissor para aprimorar o tratamento atual, diminuindo a resposta terapêutica ineficaz e as reações adversas e aumentando a qualidade de vida dos pacientes.