Perfil laboratorial em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2

Abstract

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave 2), o qual é um betacoronavirus pertencente à família Coronaviridae descoberto na cidade de Wuhan, na China no mês de dezembro de 2019. Em março de 2020 a Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia. A doença atinge os indivíduos de maneira variada, desenvolvendo em sua grande maioria sintomas leves como febre, tosse seca e cansaço. No entanto, sintomas como dificuldade em respirar, dor ou pressão no peito e perda de fala ou movimento são considerados sintomas graves, dos quais o paciente precisará de hospitalização e/ou atendimento médico. O vírus pode desencadear uma resposta imunológica excessiva, desregulada e nociva ao hospedeiro devido à sua afinidade pelo receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), o qual é utilizado para infecção do vírus. Pacientes que possuem COVID-19 em sua forma grave poderão possuir alterações hematológicas importantes como por exemplo linfopenia, trombocitopenia e neutrofilia. Outras alterações presentes e importantes identificadas bioquimicamente são: elevação de marcadores como proteína-C reativa, procalcitonina, lactato desidrogenase. Distúrbios no sistema imunológico como aumento da interleucina-6 e no sistema de coagulação como por exemplo dímero-D e tempo de trombina são marcadores identificados com alterações em uma infecção grave pelo SARS-CoV-2. A tomografia computadorizada é uma ferramenta valiosa no auxílio diagnóstico desses pacientes, porém, não é indicada como exame isolado para diagnóstico de COVID-19, além de ser extremamente importante no acompanhamento da evolução e possíveis detecções de complicações. Os marcadores imunológicos, bioquímicos, hematológicos e de coagulação citados acima são utilizados como auxílio no quadro prognóstico do paciente e direcionamento para a melhor medida terapêutica necessária.