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Título: Células astrocíticas na epilepsia
Autor(es): Medeiros, Roberta de
Lima, Paloma Regina Basilio de
Palavras-chave: Astrócitos
Doenças do sistema nervoso
Epilepsia
Data do documento: 2018
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: LIMA, Paloma Regina Basilio de. Células astrocíticas na epilepsia. São Paulo, 2018. 49 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2018.
Resumo: Sabe-se que a epilepsia é o mais frequente transtorno neurológico, atingindo 50 milhões de pessoas no mundo. Sendo que aproximadamente 30% dos pacientes são farmacoresistentes e crises epilépticas provocam perda neuronal, este trabalho tem como objetivo, por meio de levantamento bibliográfico, mostrar a importância das células astrocíticas na epilepsia, apontando-as como um possível alvo farmacológico, para tratar estes pacientes, pois estudos mostram que o hipocampo de epilépticos apresenta aumento da proliferação de astrócitos anormais e depleção de neurônios. Esses astrócitos apresentam alterações morfológicas, fisiológicas e moleculares importantes. Dentre essas as alterações destacase a redução na expressão de transportadores de glutamato (GLU) astrocitários, responsáveis pelo controle do neurotransmissor excitatório no espaço extraneural, como também o aumento de GLU e consequente hiperativação dos receptores de glutamato metabotrópicos (mGluR) astrocitários, eleva os níveis intracelulares de cálcio, com consequente liberação de gliomoduladores (D-serina) e aumento na oferta de cálcio para os neurônios via junções GAP que foi associada à disfunção mitocondrial astrocitária responsável pela morte neuronal. Além disso, ocorre redução da expressão dos canais de K? retificadores de influxo (canais Kir 4.1), como também pode ocorrer um desequilíbrio osmótico envolvendo alterações na expressão da aquaporina 4. Esses eventos levam ao desenvolvimento de crises epilépticas. Finalmente, a reatividade astrocitária promove a formação da cicatriz glial, mecanismo considerado paradoxal pois por um lado é uma tentativa de reparo do tecido nervoso lesado, por isolamento da área afetada e reconstituição da barreira hematoencefálica, mas por outro lado inibe a regeneração axonal. Conclui-se, portanto que os astrócitos têm potencial papel como alvo terapêutico para alguns tipos de epilepsia.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/735
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