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Título: | A influência da microbiota intestinal no desenvolvimento da obesidade |
Autor(es): | Masquio, Deborah Cristina Landi Zoppi, Ingrid Oliveira Ribeiro, Mariana |
Palavras-chave: | Microbioma gastrointestinal Doença crônica Obesidade |
Data do documento: | 2019 |
Editor: | Centro Universitário São Camilo |
Citação: | ZOPPI, Ingrid Oliveira; RIBEIRO, Mariana. A influência da microbiota intestinal no desenvolvimento da obesidade. São Paulo, 2019. 55 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2019. |
Resumo: | A obesidade é definida como uma doença crônica multifatorial não transmissível caracterizada pelo excesso de gordura corporal, sendo um fator de risco para o desenvolvimento de diversas comorbidades. O ser humano possui trilhões de microrganismos que se localizam na microbiota intestinal, sendo as bactérias sua maior parte. Estas bactérias podem ser divididas em vários filos, como Firmicutes, Bacteroidetes, Proteobactérias e Actinobactérias. Alterações no balanço entre esses filos podem acarretar em desequilíbrio fisiológico. Estudos têm relacionado a interação da microbiota intestinal com alterações metabólicas, podendo estar envolvida no desenvolvimento da obesidade. Assim, este trabalho teve como objetivo investigar a relação entre a microbiota intestinal e o desenvolvimento da obesidade. Realizou-se revisão bibliográfica de 72 artigos científicos nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, através das técnicas booleanas AND e OR, e os seguintes descritores: Microbioma gastrointestinal, Lipopolissacarídeos, Doença Crônica, Obesidade, Dieta e Probióticos. Foram selecionados artigos publicados nos idiomas inglês e português, além de Guias de Orientação e livros acadêmicos. Observa-se que indivíduos com obesidade possuem um perfil de microbiota diferente de indivíduos eutróficos, apresentando abundância de cepas de bactérias patogênicas, que estão associadas à disbiose intestinal, como Firmicutes e Actinobactérias. Sugere-se que o perfil disbiótico da microbiota intestinal está associado à alterações estruturais e fisiológicas no organismo humano, que podem levar à um processo inflamatório e ao aumento do tecido adiposo. A microbiota intestinal alterada influencia no metabolismo e na homeostase energética através da sua contribuição na extração, estoque e gasto de energia proveniente dos nutrientes consumidos através da dieta. As partículas de lipopolissacarídeos (LPS) provenientes de bactérias gram negativas podem atravessar a barreira epitelial intestinal e alcançar a circulação sanguínea. Esta molécula tem sido envolvida na proliferação de pré-adipócitos em adipócitos e na alteração do balanço entre hipertrofia e hiperplasia do tecido adiposo. Evidências demonstram que a LPS induz a inflamação através de sua ligação ao complexo CD14 e TLR4 de células imunes, levando a produção de citocinas pró-inflamatórias e as diversas comorbidades relacionadas à obesidade. A probioticoretapia tem sido considerada uma estratégia complementar ao tratamento interdisciplinar da obesidade, por favorecer vantagens à saúde global do indivíduo e atenuar o processo inflamatório. Conclui-se que a microbiota intestinal alterada está relacionada à mecanismos fisiopatológicos que se relacionam ao desenvolvimento da obesidade. Entretanto, ainda precisam ser melhor analisados os mecanismos para que se compreenda de fato a relação de causa e efeito entre a obesidade e o padrão da microbiota intestinal. |
URI: | http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/693 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (Graduação) |
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