Métodos para diagnóstico da malária em áreas endêmicas e não endêmicas

Abstract

A malária, doença causada pelo Plasmodium, é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O diagnóstico correto e precoce da doença pode minimizar riscos e complicações, além de auxiliar na conduta terapêutica adequada. O padrão ouro para o diagnóstico da malária é a gota espessa, técnica que exige profissionais altamente treinados e infraestrutura com equipamentos adequados, tornando-se de difícil aplicação em locais remotos de baixa renda, onde se concentra a maior prevalência da doença. Novas tecnologias vêm sendo criadas e aprimoradas a fim de facilitar o diagnóstico e torná-lo mais acessível, rápido e prático. Os testes rápidos são uma grande aposta como alternativa para o trabalho de campo, visto que apresentam uma estrutura compacta, realização rápida e leitura simples podendo ser realizado em poucos minutos e lida por um agente de saúde, não exigindo prática. As técnicas moleculares são extremamente precisas, sensíveis e específicas com a vantagem de processar várias amostras de uma só vez, vem sendo utilizadas principalmente em pesquisas, dado seu elevado custo e sofisticado equipamento. Diferentes técnicas laboratoriais de diagnóstico para malária vêm sendo discutidas usualmente, seja para uso de campo ou pesquisas. Os problemas encontrados estão relacionados com a pobreza das áreas de maior infecção, custos elevados e dificuldade em transportar os equipamentos para o uso em campo, tornando difícil a aplicação das técnicas tendo como consequência complicações no tratamento e controle da doença. Sendo assim necessárias adaptações das técnicas já existentes ou invenções de novos métodos para que o controle da malaria seja eficiente.