Citomegalovírus: estudo comparativo entre os principais métodos diagnósticos em pacientes transplantados renais

Abstract

A infecção pelo CMV é uma das principais complicações após o transplante renal que ocorre em todas as regiões do mundo, variando com as condições socioeconômicas locais. É considerado um dos mais importantes patógenos oportunistas do paciente imunossuprimido. Este vírus possui como característica peculiar sua capacidade de latência, podendo ser reativado em diferentes circunstâncias. A infecção pelo CMV ocorre por meio de contato com secreções corpóreas contaminadas, por exemplo, saliva, suor, urina entre outros. Em pacientes imunossuprimidos, a infecção é sintomática e pode resultar em sérias complicações, com o possível envolvimento de órgãos. O diagnóstico de doença é feito por meio de evidência laboratorial de infecção, associada a quadro clínico compatível. Os dois métodos mais utilizados são a PCR e a antigenemia, tanto para diagnóstico quanto para monitoramento de tratamento. O objetivo foi apresentar os aspectos clínicos e a comparação entre os principais métodos diagnósticos para detecção do CMV. O estudo foi composto a partir da revisão de livros e artigos relacionados à infecção por CMV em transplantados renais. Foram utilizados quatro estudos comparando os diferentes métodos diagnósticos para detecção do CMV, visto que as técnicas mais apropriadas são a antigenemia e a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), devido as suas características que proporcionam confiabilidade no resultado e ao tempo de execução reduzido, porém em alguns estudos a PCR possui maior vantagem sobre a antigenemia.