Teste genético pré-implantacional para aneuploidias (PGT-A) e sua utilização na reprodução assistida

Abstract

O teste genético pré-implantacional para aneuploidias surgiu como uma ferramenta necessária para acompanhar as mudanças que ocorreram nos últimos anos na reprodução assistida. Uma dessas mudanças foi que, com o avanço da sociedade, que permitiu que as mulheres trabalhassem e vivessem suas vidas de forma mais independente, as mulheres começaram a ter seus filhos em uma idade mais avançada. Essa mudança acarretou uma maior procura de mulheres com idade avançada por centros de reprodução assistida. Porém, é fato de que mulheres com idade avançada tem a maior probabilidade de formação de embriões aneuploides. Com isso, crescem as probabilidades também de abortos, falhas de implantação e nascimento de bebês com alterações cromossômicas. O teste genético pré-implantacional é capaz de analisar alterações cromossómicas nos 24 cromossomos, selecionando apenas os embriões viáveis e geneticamente saudáveis para transferência, fazendo com que diminua taxa de abortos e diminua a quantidade de ciclos de fertilização in vitro que a paciente precisa realizar para conseguir uma gravidez segura. Essa análise pode ser realizada em oócitos, zigotos (fase de fertilização) ou embriões cultivados in vitro em ciclos de Reprodução Assistida (em estágio de clivagem ou blastocisto), antes que os embriões sejam transferidos para o útero materno. As principais indicações da técnica são: casais com histórico familiar de alterações cromossômicas, idade materna avançada, fator masculino grave, perda gestacional recorrente e falhas repetidas de fertilização in vitro. Esse trabalho tem como objetivo associar o PGT-A com o aumento nas taxas de implantação nas fertilizações in vitro, assim como abordar as principais causas de aborto, e discutir as técnicas de biópsia e de biologia molecular realizadas. Foi realizado um levantamento bibliográfico entre os anos de 1976 e 2019, onde a partir dele pode-se concluir que a técnica é uma ferramenta importante no auxílio dos procedimentos de reprodução assistida, aumentando a probabilidade do sucesso desses procedimentos e proporcionando chances melhores de uma gestação saudável para a paciente.