Déficit de memória: envelhecimento fisiológico ou demência?

Abstract

O desenvolvimento tecnológico vem possibilitando o aprimoramento cada vez mais da medicina e consequente aumento da expectativa de vida. Atrelado a isso, a diminuição nas taxas de fecundidade tem aumentado o número de pessoas mais velhas. O envelhecimento é um processo esperado e que na maioria das vezes ocorre em condições fisiológicas normais. Junto a ele nos deparamos com esquecimentos que podem ser considerados naturais, desde que não afetem a autonomia do indivíduo em atividades diárias e a qualidade de vida do mesmo. Essa perda da capacidade funcional associada a outros déficits cognitivos é característica e um dos critérios para o diagnóstico de demência. Portanto, o objetivo deste trabalho é compreender as diferenças entre o envelhecimento fisiológico e demência, principalmente quanto aos esquecimentos senis. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa com foco no método de pesquisa qualitativo em que foram utilizados artigos encontrados em plataformas de busca como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, além de livros disponíveis no acervo da biblioteca do Centro Universitário São Camilo. Dessa forma foi possível revisar os conceitos de memória e envelhecimento, demências e suas principais causas, possíveis maneiras de evitálas ou postergá-las e perspectivas futuras. Apesar de muitos estudos, o conhecimento atual ainda é limitado, dificultando uma padronização desde o diagnóstico até o tratamento destas. Tal fato leva a um grande problema de saúde pública devido aos custos gerados e ao número de pessoas acometidas que tende a aumentar cada vez mais com o aumento do número de idosos. Assim, mais do que saber que o comprometimento da autonomia devido à déficits de memória seja um grande indício de demência, espera-se que seja possível que um dia existam maneiras de evitá-las.