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Título: | Relações entre ações antrópicas e zoonoses virais emergentes e reemergentes |
Autor(es): | Vercellino, Ilka Schincariol Meneses, Fernanda Belem Lopes de |
Palavras-chave: | Doença pelo vírus ebola Doenças transmissíveis emergentes Infecções por Arbovirus Infecções por Coronavirus Zoonoses |
Data do documento: | 2021 |
Editor: | Centro Universitário São Camilo |
Citação: | MENESES, Fernanda Belem Lopes de. Relações entre ações antrópicas e zoonoses virais emergentes e reemergentes. São Paulo, 2021. 50 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2021. |
Resumo: | Doenças emergentes são doenças infecciosas descobertas recentemente ou cuja incidência tende a aumentar no futuro, com isso representam situações completamente novas, que exigem intervenções diferentes das já estabelecidas. Já as doenças reemergentes indicam alterações no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaças à saúde humana. A maioria dessas doenças é de origem animal, isto é, são zoonoses. Aproximadamente 60% das doenças infecciosas humanas e 75% de todas as doenças infecciosas emergentes são zoonóticas. As mudanças climáticas, a exploração de novas fronteiras agrícolas e a redução na quantidade de hospedeiros naturais favorece a procura por hospedeiros alternativos. Adicionalmente, a introdução de vetores, como roedores e mosquitos em áreas urbanas altera a dinâmica da transmissão de doenças, assim como o crescimento populacional e a globalização promovem a sua propagação. A emergência e reemergência de zoonoses virais como o Ebola vírus e HIV, arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre amarela e a mais preocupante atualmente, pertencente ao grupo dos coronavírus, SARS-CoV-2 (COVID-19), SARS-CoV e MERS-CoV podem estar relacionadas aos fatores mencionados acima. Este trabalho teve como objetivo relacionar as transformações no ambiente promovidas pela ação antrópica com o possível surgimento ou aumento de zoonoses virais emergentes e reemergentes. Foi realizada uma revisão bibliográfica através de consulta em livros acadêmicos em bibliotecas online e artigos fornecidos por plataformas digitais como Google Acadêmico, SciElo e PubMed, nos idiomas inglês e português. Existem fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças infecciosas emergentes e reemergentes, tais como as alterações evolutivas em patógenos existentes, a disseminação de doenças conhecidas para novas regiões geográficas ou populações por transporte moderno e o aumento da exposição humana a novos e incomuns agentes infecciosos em áreas que estão sofrendo mudanças ecológicas, como desmatamento, construção, comércio de vida selvagem em mercados ou tráfico. Além disso, existem evidências da sensibilidade do desenvolvimento de muitas doenças ao clima, principalmente doenças transmitidas por vetores. Os movimentos migratórios, a facilidade e rapidez de transporte de uma região a outra, a inserção do ser humano em florestas, o contato com animais silvestres, o desmatamento e a destruição da biodiversidade são grandes contribuintes e propagadores de doenças emergentes, conforme demonstrado por muitos autores nos estudos analisados. A integração no âmbito científico, político, econômico e social se mostram essenciais para o combate desses surtos. A complexidade do equilíbrio ambiental e as ações dos seres humanos ainda têm muitos pontos a serem elucidados e são imprescindíveis para a possível diminuição do impacto de novas doenças emergentes e de futuros surtos pandêmicos. |
URI: | http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/494 |
Aparece nas coleções: | Trabalhos de Conclusão de Curso (Graduação) |
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