Ressonância magnética na avaliação de Gliomas

Abstract

A RM é hoje um método diagnostico muito bem estabelecido na prática clínica e está em constante evolução desde seu surgimento. Sua alta capacidade de diferenciar tecidos, avaliar biomarcadores específicos e proporcionar imagens com boa resolução espacial facilitam a extensão do espectro de aplicação desse método, sendo muito utilizado para o diagnóstico de neoplasias. Como toda neoplasia, tumores primários do SNC, como o glioma, surgem a partir de um colapso na regulação da reprodução celular em que as células da glia se multiplicam descontroladamente e dão origem ao tumor. Segundo o INCA, os gliomas representam de 40% a 60% de todas as neoplasias primárias de SNC, com maior prevalência na fase adulta, acometendo mais o sexo masculino. O padrão ouro para o diagnóstico de gliomas é a analise histopatológica feita a partir de uma biopsia, porém a RM é indispensável para localizar o tumor, diferenciar o tecido tumoral dos tecidos adjacentes, bem como auxiliar a ressecção do tumor, além de proporcionar um prognostica com relação ao tratamento a ser realizado. Ainda, com o desenvolvimento de novas técnicas dentro da RM, ficou mais evidente a importância desse método diagnóstico em escala mundial, uma vez que possui uma sensibilidade e especificidade consideravelmente altas em relação a outros métodos diagnósticos por imagem, como o raio-x e a tomografia, por exemplo. Podemos concluir que a RM convencional auxilia no diagnóstico de gliomas, mas pode apresentar com uma maior frequência falsos positivos ou falsos negativos quando se busca saber a gradação do glioma em questão. Com isso, a analise histopatológica após biopsia da massa tumoral ou o uso de técnicas avançadas de RM, tais coma a espectroscopia, analise de textura e coeficiente de difusão aparente apresentam uma maior precisão e especificidade para o diagnóstico correto da neoplasia.