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Título: Inter-relação entre ingestão de bebidas alcoólicas e resistência insulínica
Autor(es): Gomes, Ana Yara Serrano
Oliveira, José Eduardo Pimenta de
Palavras-chave: Consumo de bebidas alcoólicas
Diabetes mellitus tipo 2
Flavonóides
Resistência à insulina
Data do documento: 2019
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: OLIVEIRA, José Eduardo Pimenta de. Inter-relação entre ingestão de bebidas alcoólicas e resistência insulínica. São Paulo, 2019. 106 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2019
Resumo: Nas últimas décadas os casos de diabetes mellitus quadriplicou, especialmente, o tipo 2, sendo caracterizada por uma hiperglicemia causada principalmente por uma resistência à insulina. Um fator desencadeante para o desenvolvimento da doença, são hábitos de vida inadequados, como: consumo excessivo de alimentos industrializados, excesso de álcool, excesso de tabaco, sedentarismo, entre outros. O consumo de bebidas alcoólicas é comum entre indivíduos saudáveis e diabéticos. Portanto, o objetivo desse trabalho foi discutir sabre a fisiopatogenia da diabetes mellitus tipo 2, levando em consideração alterações metabólicas no organismo humano associado com a ingestão de bebidas alcoólicas de forma crônica ou eventual. O desenvolvimento dessa revisão bibliográfica foi feito, a partir do levantamento bibliográfico em bases de dados, livros e sites de associações que estudam o tema, nos idiomas inglês, português e espanhol. O consumo de bebidas alcoólicas tem a capacidade interferir na homeostase metabólica do indivíduo, devido ao aumento nas concentrações de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina (NADH). Esse aumento provoca alteração nas vias metabólicas orquestradas pelos hormônios insulina e glucagon. O grau de interferência dependerá do nível do consumo da bebida alcoólica por parte do indivíduo, sendo assim o consumo crônico favorece um aumento nas concentrações de espécies reativas do oxigênio (EROS) levando a danos oxidativos aos tecidos. Além dos danos oxidativos, as EROs podem favorecer a ativação de proteínas que estimulam fatores de transcrição, como por exemplo fator nuclear kappa B (NE-kB), responsável por estimular mediadores pró inflamatório como: TNFa, IL-6 e COX. Esses mediadores provocam uma inflamação no tecido, que de forma crônica leva a resistência à insulina. Além do processo inflamatório, o etanol presente nas bebidas alcoólicas pode levar a resistência à insulina, por interferir nas proteínas presentes nas células que são fundamentais para que a cascata da insulina ocorra e tenha a ação desejada no tecido. No entanto, o consumo agudo ou eventual de bebidas alcoólicas, principalmente cerveja e vinho tem sido correlacionado com a melhoria na sensibilidade a insulina em ratos. As bebidas alcoólicas são constituídas de diferentes compostos, a cerveja por exemplo tem em sua constituição, vitaminas do complexo B e os metabólitos secundários derivados do lúpulo, enquanto que no vinho há a presença do resveratrol. Os derivados do lúpulo como xanthohumol, 8-prenilnaringenina e o resveratrol são compostos chamados de flavonóides, sendo caracterizados por conta da sua atividade antioxidante. Sendo assim, esses compostos aumentam mediadores anti-inflamatórios e reduzem os prós-inflamatórios, favorecendo a melhoria na sensibilidade a insulina. Por fim, o consumo da bebida alcoólica pode causar a diabetes mellitus tipo 2 quando consumido em forma crônica. No entanto, a ingestão aguda foi vista, uma melhoria na sensibilidade a insulina em ratos, sendo necessários mais estudos em seres humanos.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/405
Aparece nas coleções:Trabalhos de Conclusão de Curso (Graduação)

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