Os prejuízos do uso de aparelhos eletrônicos durante a primeira infância

Abstract

O uso excessivo de eletrônicos na primeira infância (0 a 6 anos de idade) tem despertado grande preocupação devido aos impactos no desenvolvimento físico e cognitivo infantil. O presente trabalho, revisa os mecanismos neurológicos e os riscos associados à exposição precoce a dispositivos eletrônicos, com base em artigos científicos publicados entre 2015 a 2025. A revisão evidencia que o uso prolongado das telas estimula o sistema de recompensa do cérebro, gerando dependência comportamental semelhante a outros tipos de adicção, com elevações nos níveis de dopamina no núcleo accubens, causando efeitos negativos nas áreas ligadas às emoções, atenção e memória. Adicionalmente, a luz azul emitida pelos aparelhos suprime a produção de melatonina, prejudicando o sono e desregulando o ciclo circadiano, o que pode levar a distúrbios como insônia e fadiga crônica. Outras consequências incluem o aumento do risco de obesidade, devido ao sedentarismo, e problemas visuais, como a miopia associada à exposição prolongada à luz artificial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar telas antes dos 2 anos e limitá-las a 60 minutos diários entre 2 e 8 anos. Constatou-se que medidas preventivas são necessárias para diminuir os efeitos prejudiciais ocasionados pelo uso descontrolado dos dispositivos eletrônicos, a supervisão parental e educacional são essenciais para mediar e reduzir os riscos da exposição prolongada às telas a longo prazo, garantindo uma melhor qualidade de vida na infância e fase adulta.