Repercussões da pandemia por Covid-19 no perfil de saúde dos acadêmicos de fisioterapia

Abstract

A pandemia da doença por coronavírus (COVID-19), teve seus primeiros casos localizados em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Por ser considerada infecciosa e altamente contagiosa causando problemas respiratórias, levou à inúmeras mudanças no calendário letivo das instituições de ensino. O presente estudo tem como objetivos rastrear o perfil dos acadêmicos de Fisioterapia reconhecendo os impactos da pandemia em sua saúde geral, bem como examinar as maiores dificuldades acadêmicas durante esse período. Trata-se de um levantamento de dados de caráter qualitativo, cuja fonte foi o Centro Universitário São Camilo (CUSC) durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2021, totalizando 169 respostas. Foi observado que durante a pandemia, 45 (26,6%) dos estudantes apresentaram algum problema de saúde. Quanto às atividades diárias, 111 (65,7%) afirmaram que conseguiram adaptar atividades de lazer em casa, 84 (49,7%) tiveram seus hábitos alimentares piorados e 57 (33,7%) afirmaram ter menos de oito horas de sono. Em relação ao ensino à distância, 68 (40,2%) consideraram seu rendimento acadêmico regular e 156 (92,3%) se sentiram prejudicados de alguma forma. Além disso, 111 (65,7%) consideraram o ensino remoto extremamente estressante, onde a maioria optou pelo retorno presencial, sendo que 77 (45,6%) gostariam de retomar as atividades presenciais de forma completa e 76 (45,0%) optaram pelo retorno gradual. Foi constatado que o perfil dos acadêmicos de fisioterapia do CUSC passou por mudanças significativas em diversos aspectos, como sono, alimentação e principalmente referente à questões psicológicas e acadêmicas, havendo pontos positivos e negativos dessa forma de ensino.