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Título: A influência da tecnologia educacional híbrida blended learning na adesão terapêutica e na qualidade de vida do indivíduo hipertenso
Autor(es): Guerra, Grazia Maria
Kowalski, Ivonete Sanches Giacometti
Oliveira, Jefferson Carlos de
Palavras-chave: Enfermagem
Hipertensão
Terapia
Qualidade de vida
Tecnologia educacional
Data do documento: 2017
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: OLIVEIRA, Jefferson Carlos de. A influência da tecnologia educacional híbrida blended learning na adesão terapêutica e na qualidade de vida do indivíduo hipertenso (revisado). São Paulo, 2017. 156 p. Dissertação de Mestrado Profissional em Enfermagem - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2017
Resumo: INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica controlável. No entanto, observam-se na prática clínica diversas dificuldades na adesão ao plano terapêutico. Diante desse aspecto, muitos estudos analisam a influência de diferentes tecnologias educacionais na adesão terapêutica, mas pouco se conhece sobre a tecnologia educacional na modalidade híbrida blended learning. OBJETIVO: Avaliar a influência do uso da tecnologia educacional na modalidade híbrida blended learning, (ensino presencial associado por meio do ambiente virtual de aprendizado “E-Care da Hipertensão”) com vistas a melhoria do controle da pressão arterial. MÉTODO: Estudo Clinico Randomizado Controlado dividido em dois grupos: a) Grupo Híbrido blended learning com 14 pacientes submetidos a orientação individual por meio da consulta de Enfermagem a cada 20 dias com a utilização do recurso tecnológico educacional digital “E-Care da Hipertensão”; b) Grupo Controle com 16 pacientes em que se utilizou da consulta com orientação individual por meio da consulta de Enfermagem a cada 20 dias sem o uso da tecnologia educacional. Todos os pacientes de ambos os grupos foram acompanhados por 120 dias e realizaram 7 consultas. A pesquisa ocorreu no período de dezembro de 2014 a março de 2017. Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer CAAE 08625112.7.0000.0068. RESULTADOS: Não houve diferenças com significância estatística entre os grupos na randomização e ao final de 120 dias quanto às variáveis sócio demográficas e hemodinâmicas. Entretanto, quando realizada a comparação do Grupo Controle na randomização e aos 120 dias em relação ao WHOQOL quanto à percepção de sua qualidade de vida observou-se diferença estatística entre o início do estudo (randomização) 2,73±0,9 vs. 3,80±0,94 aos 120 dias (p= 0,012). Para o Grupo Híbrido blended learning quando realizadas as comparações no início do estudo (momento da randomização) ao final 120 dias observaram-se diferenças estatísticas em relação a diversas variáveis, a saber: a) circunferência abdominal, na randomização 99,61±10 vs. 96,69±8 (p=0,006); b) em relação a MAPA na pressão arterial sistólica PAS de vigília (PAS) 159,61±15mmHg vs. 143,30±19mmHg (p=< 0,001); c) pressão arterial diastólica na vigília (PAD) 106,61±12mmHg vs. 95,92±15mmHg (p= < 0,001); d) quanto a carga pressórica da MAPA na randomização para PAS na vigília obteve-se 93,28±7mmHg vs. 66,38±31mmHg (p=0,003); e) quanto aos valores da PAD 92,63±11mmHg vs. 70,96±28mmHg (p=0,002); f) para o período do sono a PAS obteve-se valor de 140,61±15mmHg vs. 131,38±21mmHg (p=0,044); g) com respeito a PAD os valores foram de 86,37±24mmHg vs. 71,06±31mmHg (p=0,039). Quanto ao teste de Morisky-Green, não evidenciou-se diferenças com significância estatística entre o Grupo Híbrido blended learning e o Grupo Controle. CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças significativas nos resultados analisados em 120 dias com o uso da tecnologia educacional na modalidade híbrida blended learning quando comparada com o grupo controle que realizou apenas consulta individual pelo enfermeiro. Por outro lado, o desfecho comparativo entre o próprio grupo de estudo, mostrou-se eficaz com resultados satisfatórios podendo ser uma alternativa a ser aperfeiçoada como ferramenta educativa. Diante dos nossos resultados, torna-se notório que a mudança de comportamento do portador de hipertensão é complexa e difícil de
Systemic arterial hypertension (SAH) is a multifactorial clinical condition defined as a rise in blood pressure levels. Although it is a controllable chronic disease, adherence to its therapy is subject to several difficulties in clinical practice. Also, despite the numerous studies analyzing the influence of different educational technologies on therapy adherence, little is known about hybrid educational technology. Objective: To assess the influence of hybrid educational technology (classroom teaching associated with virtual learning at the Hypertension E-Care site) on the improvement of blood pressure control. Methods: This was a randomized controlled study conducted with the following two groups: a) the hybrid group with 14 patients who were oriented individually by a nurse during visits every 20 days and aided by the digital educational technology Hypertension E-Care; b) the control group with 16 patients who were also oriented individually by a nurse every 20 days but who were not exposed to any educational technology. All of the patients from both groups were followed up for 120 days and each patient had a total of 7 consultations. At randomization and on day 120, tools were applied as follows: the Morisky-Green and the WHOQOL tests and ambulatory blood pressure monitoring (ABPM). The groups were evaluated during consultations when weight, waist circumference, and blood pressure were measured. At the end of each of the 20-day modules, the Information Acquisition Test was applied to the hybrid group. Results: There was no statistically significant difference between the groups with respect to socio-demographic and hemodynamic variables either at randomization or on day 120. However, the control patients differed significantly (p=0.012) in their perception of their quality of life as measured by WHOQOL between randomization (2.73 ±0.9) and day 120 (3.80±0.94). Comparison of randomization and day 120 values for the hybrid group shows statistically significant differences concerning numerous variables, namely a) waist circumference (99.61±10 vs. 96.69±8, p=0.006); b) day time systolic BP monitoring (159.61±15mmHg vs. 143.30±19mmHg, p< 0.001); c) day time diastolic BP monitoring (106.61±12mmHg vs. 95.92±15mmHg, p < 0,001); d) ambulatory day time monitoring of systolic BP (93.28±7mmHg vs. 66.38±31mmHg, p=0.003); e) ambulatory day time monitoring of diastolic BP (92.63±11mmHg vs. 70.96±28mmHg, p=0.002); f) systolic BP during sleep (140.61±15mmHg vs. 131.38±21mmHg, p=0.044); and g) diastolic BP during sleep (86.37±24mmHg vs. 71.06±31mmHg, p=0.039). The Morisky-Green test did not reveal any differences between the two groups. Conclusion: No statistically significant differences were observed between the hybrid group and the control group after 120 days of follow-up. However, there were significant positive differences within each group between the start and the end of the study. The more comprehensive and satisfactory results yielded by the hybrid group suggest the technological tool must be further improved for enhancement of its educational use. The outcomes make it clear that behavior changes undergone by hypertension carriers are complex and difficult to accomplish. The patients require bonding, feeling welcome, careful listening to, i.e., personal attention. These are potential strategies for improving the therapy adherence and quality of life of hypertensive patients when associated with light relational technologies.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br:8080/jspui/handle/123456789/1773
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