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Título: Avaliação do estado nutricional, consumo alimentar e qualidade de vida em meninas brasileiras portadoras de puberdade precoce central em tratamento com acetato de leuprorrelina durante a pandemia de covid-19
Autor(es): Colares Neto, Guido de Paula
Ganen, Aline de Piano
Figueiredo, Fabiana Neves
Palavras-chave: Covid-19
Ingestão de alimentos
Leuprolida
Puberdade precoce
Qualidade de vida
Data do documento: 2022
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: FIGUEIREDO, Fabiana Neves. Avaliação do estado nutricional, consumo alimentar e qualidade de vida em meninas brasileiras portadoras de puberdade precoce central em tratamento com acetato de leuprorrelina durante a pandemia de covid-19. São Paulo, 2022. 79 p. Dissertação de Mestrado Profissional em Nutrição do Nascimento à Adolescência - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2022
Resumo: OBJETIVO: Avaliar as mudanças no estado nutricional, consumo alimentar e qualidade de vida de meninas brasileiras portadoras de puberdade precoce central (PPC) em tratamento com acetato de leuprorrelina durante a pandemia de COVID-19. MÉTODO: Estudo transversal com 59 meninas, com idade entre cinco e doze anos, portadoras de PPC, em uso regular do acetato de leuprorrelina, acompanhadas em ambulatórios de endocrinologia pediátrica em serviço público no estado de São Paulo. Realizou-se a coleta de dados de prontuários e aplicação de questionário de frequência alimentar (QFCA), e escala de avaliação de qualidade de vida (AUQEI), de maio a dezembro de 2021 durante a pandemia de COVID-19. Para a análise qualitativa do consumo alimentar no QFCA foram utilizados marcadores de alimentos considerados saudáveis (feijão, frutas, verduras e legumes) e não saudáveis (hambúrgueres, bebidas adoçadas, ultraprocessados e guloseimas) pelo Ministério da Saúde e a quantificação pelo método do escore de Fornés. RESULTADOS: mediana da idade estudada foi 9 anos e da telarca foi 7 anos. Já a mediana da idade de início do tratamento foi 8,2 anos e a média de duração foi 16,8?12,3 meses. Notou-se que 78% das pacientes apresentaram estatura adequada para a idade e sexo, entretanto 50,8% estavam acima do seu canal familiar. Além disso, 61% das pacientes estavam com sobrepeso ou obesidade. Durante o tratamento, 31 (52,5%) pacientes diminuíram e 28 (47,5%) aumentaram o seu escore Z de IMC, em que 69,5% mantiveram a classificação inicial do IMC. Verificou-se que o grupo de pacientes que diminuiu o escore Z de IMC apresentou maiores valores do escore para alimentos saudáveis (p=0,02), incluindo frutas frescas (p=0,04) e verduras e legumes (p=0,01), comparado ao grupo com aumento do escore Z de IMC. Houve uma correlação negativa entre a variação do escore Z de IMC e o escore para alimentos saudáveis (p=0,02), incluindo frutas frescas (p=0,02) e verduras e legumes (p=0,02). Boa qualidade de vida foi detectada em 44 (74,6%) pacientes. Não houve correlação entre o escore de qualidade de vida e a variação do escore Z de IMC durante o tratamento, bem como não foi observada diferença neste escore entre os grupos com redução e aumento do escore Z de IMC. CONCLUSÃO: maior consumo de alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras correlacionou-se com uma diminuição no escore Z de IMC, o que pode sugerir a influência dietética no equilíbrio do balanço energético deste grupo de pacientes portadoras de PPC em uso de acetato de leuprorrelina. Além disso, a qualidade de vida não se associou ao estado nutricional das pacientes, o que pode sugerir a influência de outros fatores psicossociais neste resultado.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br:8080/jspui/handle/123456789/1766
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