Isolamento social covid-19: possíveis transtornos alimentares e distorção da imagem corporal em crianças e adolescentes

Abstract

Introdução: A COVID-19 é uma doença respiratória aguda, causada pelo vírus SARS-CoV-2. Até setembro de 2023 foram confirmados 770.437.327 casos e 6.956.900 óbitos acumulados ao redor do mundo. O rápido contágio do vírus, tornou necessária a tomada de medidas de prevenção como uso de máscaras, álcool 70% e distanciamento social, que impactou em modificações na rotina, acesso aos alimentos e escolhas alimentares contribuindo, desta forma, com a insegurança alimentar e nutricional, excesso de peso e desnutrição. Além disso, o isolamento social foi um grande responsável por afetar a saúde mental e bem-estar individual de crianças e adolescentes, que são suscetíveis à influência das mídias sociais e a incessante busca pelo padrão de beleza imposto, foram estimuladas à práticas que em sua maioria sobrepõe a saúde, como dietas restritivas, procedimentos estéticos, exercícios físicos excessivos e diversos outros fatores que são responsáveis pelo surgimento de doenças psicossomáticas e transtornos alimentares. Objetivo: Verificar os impactos da pandemia COVID-19 na alimentação, desenvolvimento de possíveis transtornos alimentares e a distorção da imagem corporal, em crianças e adolescentes. Métodos: O presente trabalho trata-se de uma Revisão Bibliográfica, realizada através de pesquisas nas bases de dados: Scielo e Pubmed, nos idiomas português e inglês, com artigos publicados entre 2011 e 2023. Desenvolvimento: Durante a pandemia, foi possível notar aumento de 37,35% no consumo de carboidratos, 13,25% de bebidas adoçadas/alcoólicas, 20,42% de fast foods, 37,25% de açúcar adicionado e redução de cerca de 23% no consumo de laticínios. Além disso, houve um aumento significativo no acesso às mídias sociais, que por um lado se tornou essencial para o acesso à informações de qualidade e como instrumento do processo de aprendizagem, por outro lado estimulou uma postura que se apresentou como um risco à saúde, incluindo os padrões de beleza impostos durante o isolamento social, e com isso o desenvolvimento do comportamento compulsivo e transtornos alimentares em muitos casos. Conclusão: O isolamento social impactou negativamente no comportamento alimentar, principalmente de crianças e adolescentes, com aumento da insegurança alimentar e nutricional, desnutrição e excesso de peso, rovocadas pela complexidade no acesso dos alimentos e escolhas alimentares, além do acesso às mídias sociais que podem ter contribuído com o desenvolvimento de transtornos alimentares e distorção da imagem corporal. No entanto, o distanciamento social se apresentou positivo em relação à busca por ajuda de profissionais e sucesso em tratamentos online.