Terapia CAR-T: tumores hematológicos X tumores sólidos

Abstract

O câncer é uma doença complexa com origens e comportamentos variados causado por mutações genéticas. É caracterizado como um dos principais problemas de saúde globalmente. O câncer é a principal causa de morte entre as doenças não transmissíveis em todo o mundo, com um crescimento significativo na incidência e mortalidade associadas a essa doença. Sua incidência e mortalidade aumentam devido ao envelhecimento da população e às mudanças comportamentais e ambientais. Existe uma diferença entre cânceres sólidos e hematológicos, que diz respeito à origem tecidual em que houve o início da proliferação descontrolada das células. Tratamentos convencionais como quimioterapia têm eficácia limitada em casos de pacientes recidivantes ou refratários. A terapia CAR-T é uma alternativa encorajadora e menos prejudicial para esses pacientes. Ela envolve a modificação genética das próprias células imunes do paciente para expressar receptores sintéticos (CAR) que reconhecem antígenos tumorais específicos. As células T do paciente são isoladas, ativadas e geneticamente modificadas para produzir CARs específicos para o antígeno tumoral correspondente. Após expansão em cultura, estas células são infundidas de volta ao paciente. Mostrou-se eficaz em algumas neoplasias hematológicas recidivantes/refratárias. A eficácia da terapia CAR-T varia entre cânceres hematológicos e cânceres sólidos devido a vantagens no microambiente tumoral e nos possíveis alvos terapêuticos. Apesar de promissora, ainda enfrenta desafios e lacunas a serem superados para alcançar todo o seu potencial terapêutico. Esse estudo trata-se de uma revisão narrativa na qual comparamos de forma atualizada os avanços e desafios associados à terapia CAR-T, com foco em seu uso como tratamento de tumores hematológicos e cânceres sólidos a partir de artigos publicados, entre 2007 e 2023, encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google Scholar e livros acadêmicos científicos. A compreensão detalhada da terapia é essencial para melhorar sua eficácia e acessibilidade. O tratamento do câncer é complexo e em constante evolução, com a imunoterapia desempenhando um papel crescente. Pesquisas contínuas e colaboração entre os profissionais da área da saúde são fundamentais para avançar no tratamento do câncer e melhorar as chances de cura.