Utilização de canabinoides no tratamento de leucemias, com foco em Leucemia Linfoblástica Aguda

Abstract

De acordo com a OMS, a infertilidade é um fenômeno que acomete de 8 a 15% dos casais em idade reprodutiva, sem relações com etnias e posições socioeconômicas, a infertilidade masculina é responsável por aproximadamente 50% dos casos. Com a inserção do teste de Fragmentação do DNA Espermático para a observação mais precisa do fator masculino, além do Espermograma, a avaliação da fertilidade está mais abrangente e trouxe novos questionamentos relacionados ao impacto direto da alta taxa de Fragmentação do DNA Espermático com o desenvolvimento do embrião. A escolha do embrião para a transferência embrionária ainda é um grande desafio, por muitos anos esta escolha era feita apenas com base na morfologia estática do desenvolvimento que o embrião apresenta, mas com a inserção de novas tecnologias e com a utilização de softwares acoplados em incubadoras, existem novas perspectivas sobre a escolha do melhor embrião. A Time-lapse traz uma nova visão sobre os parâmetros esperados do desenvolvimento desde o momento da fertilização até o estágio final do blastocisto. Neste presente estudo teve como objetivo correlacionar o aumento da taxa de FDE com possíveis alterações na morfologia e morfocinética embrionária, para isso foi realizado uma revisão bibliográfica narrativa a partir de livros e artigos em português e inglês com intervalo cronológico entre 2013 a 2023, utilizando descritores específicos como critério de inclusão, como número de embriões analisados, tipo de fertilização, alterações descritas e método de análise de FDE. Foi encontrado uma relação entre o aumento da taxa de FDE e atraso morfocinético do embrião, ressaltando a hipótese que o aumento da taxa de FDE pode gerar embriões mais lentos em seu desenvolvimento, as principais alterações morfocinéticas encontradas nos estudos analisados se encontram nas primeiras divisões celulares, sendo a primeira clivagem a principal afetada, entretanto o atraso das primeiras clivagens levam ao desenvolvimento mais lento do embrião até o estágio de blastocisto. O aumento da taxa de FDE também pode afetar em classificações morfológicas posteriores, gerando uma maior fragmentação dos blastômeros e levando a uma diminuição na evolução de mórula à blastocisto, acarretando em embriões com menor taxa de implantação e gravidez clínica. Portanto todos os fatores morfológicos e morfocinéticos devem ser considerados para a escolha do melhor embrião que será utilizado para a transferência embrionária.