Vacina contra HPV: fatores associados a cobertura e adesão

Abstract

O câncer de colo de útero é responsável pela morte de milhares de mulheres por ano em todo o mundo, tornando assim o Papiloma Vírus Humano (HPV) um problema de saúde pública, já que sua infecção é a principal desencadeadora desse tipo de câncer. O controle integral desse tipo de câncer é composto pela prevenção primária, prevenção secundária e prevenção terciária. A maneira mais completa, eficaz e com melhor custo-benefício para administrar essa doença infecciosa é através da vacinação. No Brasil, a vacina contra o HPV foi introduzida em 2014 para meninas e apenas em 2017 para meninos. Por mais que diversos estudos apontem a segurança da vacinação, o Ministério da Saúde encontra alguns desafios para alcançar a cobertura vacinal proposta desde o início da introdução da vacina, que seria de 80% da população-alvo. Portanto, foi realizada uma busca através de artigos nos principais bancos de dados científicos para discutir a adesão da vacina contra o papilomavírus humano pela população brasileira ao longo dos anos e os fatores associados à problemática cobertura vacinal. Por mais que a adesão à vacina tenha se mostrado maior nos anos em que houve campanhas, com o fim delas, as doses aplicadas diminuíram e não atingiram a meta proposta. Os motivos dessa baixa adesão à vacina contra o HPV podem envolver o preconceito, o mau entendimento e falta de conscientização. Para melhorar o cenário brasileiro, é preciso intensificar as estratégias para a vacinação dos jovens e difundir informações sobre a importância da vacina como forma de prevenção.