Potencial terapêutico de agonistas do receptor de GLP-1 no tratamento da doença de Alzheimer

Abstract

A metodologia de pesquisa adotada no projeto foi a revisão bibliográfica narrativa, focada em artigos publicados em português e inglês entre 1996 e 2023 nos bancos de dados Pubmed, Scielo e Google Scholar, utilizando palavras-chave como GLP-1, doença de Alzheimer, semaglutida, liraglutida, glucagon-like peptide-1, liraglutide, semaglutide, Alzheimer'sdisease e Diabetes Mellitus. O desenvolvimento do estudo abordou a fisiopatologia da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais, intermediários e avançados, destacando as hipóteses colinérgicas, glutamatérgicas e da cascata amilóide como contribuintes para a doença. Discutiu a neuroinflamação como um elemento importante na doença. No tratamento farmacológico, foram mencionadas abordagens para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, focando na gestão dos sintomas cognitivos e comportamentais. A parte principal do estudo explorou o uso de agonistas do receptor GLP-1 no tratamento da doença de Alzheimer. Foi explicado como o GLP-1 é um hormônio envolvido na regulação dos níveis de glicose no sangue e como a ativação de seus receptores por agonistas pode ter efeitos benéficos no tratamento desta doença. Estudos em animais foram mencionados, demonstrando que os agonistas do receptor GLP-1 podem reduzir danos às células nervosas e melhorar a capacidade de aprendizado e memória. Além disso, foram discutidos ensaios clínicos em andamento, como o Evoke e Evoke+, que avaliam os efeitos da semaglutida, um agonista do receptor GLP-1, em pacientes com doença de Alzheimer. Os resultados preliminares são promissores, sugerindo que esses medicamentos podem retardar a progressão da doença e melhorar os sintomas. Finalmente, o estudo abordou a segurança dos agonistas do receptor GLP-1, destacando que eles geralmente não causam hipoglicemia, mas podem estar associados a efeitos colaterais gastrointestinais e riscos renais em alguns casos. No entanto, as evidências atuais indicam que eles não têm efeitos negativos no risco cardiovascular. Em suma, o estudo sugere que os agonistas do receptor GLP-1 têm potencial terapêutico no tratamento da doença de Alzheimer com resultados promissores em estudos clínicos e efeitos neuroprotetores observados em estudos em animais. Eles podem oferecer uma abordagem inovadora para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.