Estresse oxidativo e infertilidade masculina: causas, consequências e o uso de antioxidantes

Abstract

A infertilidade é um problema que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, sendo definida como a não ocorrência da gravidez após o período de 12 meses de relações sexuais sem o uso de método contraceptivo. A dificuldade ou incapacidade de gestação pode ter relação com fator masculino, feminino ou ambos. Com relação ao fator masculino, o estresse oxidativo apresenta-se como uma das principais causas associadas à infertilidade masculina. Estudos mostram que o estresse oxidativo interfere negativamente na qualidade espermática e, por consequência, afeta a fertilidade masculina. O estresse oxidativo ocorre quando temos desequilíbrio na quantidade de espécies reativas de oxigênio (EROs) e antioxidantes do organismo, sendo que o aumento de EROs pode ser causado tanto por fatores endógenos como exógenos. Com isso, esse trabalho analisou os efeitos do estresse oxidativo em espermatozoides, relacionando-os com as principais causas e as consequências sobre a fertilidade masculina. Além de abordar e analisar o papel da terapia antioxidante com a melhoria da qualidade espermática. Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica exploratória, utilizando estudos encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo e Google Scholar, publicados em português e inglês, entre os anos de 2000 a 2023. A partir dos estudos utilizados nessa revisão bibliográfica, foi evidenciado que a fertilidade masculina é afetada a partir dos danos induzidos pelos EROs nos espermatozoides por meio das vias de peroxidação lipídica, fragmentação do DNA e apoptose. Além disso, foi evidenciado que a terapia antioxidante melhora os principais parâmetros do espermatozoide.