Perigos associados à intoxicação por chumbo e a biorremediação como alternativa para tratamento de áreas contaminadas

Abstract

Metais pesados são metais altamente reativos, bioacumulativos e não biodegradáveis, que podem apresentar riscos à saúde devido às suas toxicidades. O chumbo é um destes metais e é amplamente utilizado. A intoxicação por chumbo pode afetar diversos órgãos e sistemas do organismo humano. Estas intoxicações geralmente ocorrem devido a exposição dos indivíduos ao metal, podendo ser por conta de ambientes contaminados, resultantes do descarte inadequado de contaminantes ou então pelo contato direto, como por exemplo em indústrias siderúrgicas. Existem técnicas para lidar com estas áreas contaminadas, dentre elas, a biorremediação vem se destacando. Nela são utilizados microrganismos para facilitar a remoção dos metais, podendo estes serem de ocorrência natural ou então geneticamente modificados. O mecanismo utilizado pelos microrganismos se baseia principalmente na mudança do estado de oxidação do metal, de forma a torná-lo menos ou mais solúvel ou em um produto menos tóxico. Na biorremediação existem técnicas que podem ser ‘’in situ’’ (no próprio local) e ‘’ex situ’’ (fora do local original), geralmente com o intuito de proporcionarem as melhores condições ambientais para os microrganismos atuarem. Existe uma grande variedade de microrganismos que podem ser utilizados na biorremediação do chumbo. Esta é considerada uma técnica promissora, já que pode ser menos custosa e trabalhosa quando comparada com técnicas físico-químicas tradicionais, no entanto é necessário nos atentarmos a alguns cuidados ao utilizar biorremédios para obter melhores resultados e evitar descontrole da biota local. O presente estudo tem como objetivo demonstrar, por meio de levantamento bibliográfico em bases de dados e bibliotecas científicas, o potencial tóxico do Chumbo (Pb) e a possível utilização da biorremediação para remediar áreas contaminadas pelo metal, de forma a evitar o surgimento de novas intoxicações.