CAR-T cell como tratamento para a Leucemia Linfoblástica Aguda de células B em crianças

Abstract

A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica decorrente da transformação maligna dos precursores linfoides na medula óssea, com posterior proliferação e expansão para sangue periférico e sítios extramedulares. Para tentar contornar os efeitos colaterais da quimioterapia e a possibilidade de recidiva da doença, foi desenvolvido um tipo de tratamento com CAR-T cell, que é uma terapia de células T com receptor de antígeno quimérico. Neste modelo, são apresentadas altas taxas de resposta na população com leucemia recidivada ou refratária. Essa nova terapia foi criada para ser um tratamento com eficácia maior do que a quimioterapia, porém existem diversas reações adversas associadas a essa nova terapia, como a síndrome de liberação de citocinas, neurotoxicidade, síndrome de neurotoxicidade associada a células efetoras imunes (ICANS) e a citotoxicidade. A única terapia aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a Kymriah® (tisagenlecleucel), tendo como indicação a utilização em pacientes infantis e adultos de até 25 anos portadores de LLA. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a eficácia da CAR-T cell e realizar uma análise comparativa entre os tratamentos convencionais para LLA com a CAR-T cell. As vantagens notáveis da terapia CAR-T cell em comparação com os outros tratamentos é a intervenção abrupta e a infusão única de células CAR-T, além da eficácia poder persistir por décadas, já que as células podem sobreviver a longo prazo no paciente, tendo a aptidão constante de encontrar e eliminar as células leucêmicas durante uma possível recidiva. A principal desvantagem deste tratamento é o preço, podendo ultrapassar o valor de um milhão de dólares. A partir das informações apresentadas, observa-se que a terapia CAR-T cell é bem-sucedida na eliminação da doença, sem necessitar de uma combinação entre os tratamentos já existentes. Entretanto, é necessário o barateamento da técnica para conseguir ser implementada no sistema de tratamento dos hospitais, principalmente os públicos.