A relevância da plasticidade do sistema endocanabinóide: intervenção terapêutica à transtornos de ansiedade e depressão

Abstract

A ansiedade e depressão nos últimos anos tem sido um problema cada vez mais frequente dentre a população mundial, e especificamente no Brasil, que lidera o ranking de país mais depressivo e ansioso da América Latina e juntamente a isso, o uso de fármacos antidepressivos vem crescendo e por mais que seja eficaz e relativamente seguro, apresenta diversas limitações. Essas condições têm impactos significativos na qualidade de vida, afetando emocionalmente e prejudicando o desempenho diário das pessoas. A ansiedade se manifesta como uma emoção normal, mas pode se tornar patológica quando os sintomas são persistentes e excessivos. Já a depressão é um distúrbio de humor sério, que causa sintomas graves, como tristeza persistente e pensamentos suicidas. A ansiedade e a depressão são doenças mentais alarmantes no mundo pós-pandêmico, com o Brasil liderando os índices de prevalência na América Latina. O tratamento tradicional dessas doenças são funcionais e relativamente seguros, porém apresentam limitações, como tolerância, remissão dos sintomas e até problemas nas funções cognitivas. Isso levou à busca por terapias alternativas como a modulação do Sistema Endocanabinóide sendo um recurso de potencial terapêutica no tratamento da ansiedade e depressão. Nesta revisão bibliográfica, selecionando artigos através das plataformas ‘’Google Acadêmico’’, ‘’Pubmed’’, ‘’NCBI. O objetivo é analisar a farmacoterapia tradicional para quadros de ansiedade e depressão, como uso de antidepressivos e ansiolíticos, e apresentar uma nova opção alternativa pouco estudada até o momento, porém promissora, o Sistema Endocanabinóide. Pesquisas têm se voltado ao aprofundamento e entendimento dos ligantes endógenos envolvidos no SEC, que por meio de experimentos, têm se comprovado sua importância e sua relação à quadros de ansiedade e depressão. Juntamente aos ligantes, o entendimento dos mecanismos de suas enzimas catalisadoras e sua promissora relação terapêutica, têm animado os pesquisadores. Estudos recentes mostram análises no tratamento de distúrbios mentais ativando o receptor CB1. Pesquisas exploram sítios alostéricos e ortostéricos desse receptor para reduzir efeitos colaterais. através do desenvolvimento de novos fármacos que visam por meio desses estudos é possível reduzir efeitos adversos. Já o receptor CB2 tem o papel na atividade neuronal dopaminérgica e afeta funções relacionadas à dopamina com resultados contraditórios na ansiedade e depressão.