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Título: Efeitos mediados por plaquetas na metástase
Autor(es): Oliveira, Patrícia Aparecida Ferreira de
Santos, Juliana Macedo dos
Nunes, Lara de Sousa
Palavras-chave: Agregação plaquetária
Ativação plaquetária
Metástase neoplásica
Neoplasias
Plaquetas
Data do documento: 2023
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: SANTOS, Juliana Macedo dos; NUNES, Lara de Sousa. Efeitos mediados por plaquetas na metástase. São Paulo, 2023. 72 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo,2023.
Resumo: O câncer corresponde a segunda principal causa de morte na maioria dos países e com o envelhecimento populacional prevê-se que sua incidência aumente ainda mais. Trata-se de uma doença heterogênea, na qual fatores individuais, incluindo a predisposição genética, bem como fatores ambientais contribuem para o seu desenvolvimento. Nas últimas décadas, houve avanços na prevenção e detecção da doença e embora novas terapias tenham melhorado as opções de tratamento para câncer localizado, que muitas vezes pode ser curado com cirurgia local ou radiação, a metástase, uma doença sistêmica, tem sido a principal razão de falha terapêutica. A metástase é um processo altamente coordenado e dinâmico de várias etapas, na qual a interação das células tumorais com células do microambiente do hospedeiro é determinante para o estabelecimento bem-sucedido do nicho metastático. Nesse cenário, evidências sugerem haver uma estreita comunicação cruzada entre células tumorais e plaquetas que auxiliam células tumorais na conclusão de várias etapas da cascata metastática. Alterações hemostáticas em pacientes com tumores sólidos são frequentemente observadas na área clínica. A interação entre células tumorais e plaquetas pode ocorrer de maneira direta por moléculas ligadas a membrana ou liberação de mediadores solúveis, ou de maneira indireta através da geração de um nicho pró-trombótico, de maneira geral induzindo ativação plaquetária. Essa ativação plaquetária aberrante confere vantagens para a progressão metastática por diferentes mecanismos. A secreção plaquetária desencadeia a liberação de moléculas pró angiogênicas que auxiliam no crescimento do tumor e transmigração de células tumorais. Durante o processo metastático, a expressão de moléculas de adesão induz a formação de agregados de plaquetas e células tumorais circulantes, fornecendo proteção contra as condições reológicas e promovendo sua sobrevivência contra a eliminação imunológica. A interação plaqueta-célula tumoral estimula vias associadas a transição epitélio mesenquimal, ademais, auxilia a adesão de células tumorais ao endotélio, permitindo a parada e extravasamento de células cancerígenas. Prever interações entre células tumorais e plaquetas pode auxiliar no monitoramento da doença e de seus riscos trombóticos associados e estabelecer mecanismo de falha nessa comunicação pode tornar a célula tumoral incompetente para completar a cascata metastática, auxiliando no tratamento.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br:8080/jspui/handle/123456789/1489
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