Aspectos moleculares do glioblastoma: uma nova perspectiva

Abstract

O glioblastoma multiforme é o tipo mais agressivo entre os gliomas. Oriundo tanto de lesões pré-existentes quanto do “novo”, o tumor traz ao paciente um prognóstico pouco favorável devido ao seu rápido desenvolvimento e alta agressividade. Dado o ponto de vista epidemiológico, o glioblastoma ainda é um grande problema a ser superado na saúde. O tumor ocorre em cerca de 54% de todos os gliomas, acometendo especialmente homens na faixa de 40 a 60 anos e o prognóstico mantém-se de 14 a 16 meses, Atualmente, o tratamento padrão do glioblastoma é constituído da associação da intervenção cirúrgica seguida da terapia com agentes alquilantes, como a Temozolomida. O diagnóstico da doença é feito quando a mesma encontra-se em estado avançado,através de exames de imagem como a Ressonância Magnética. Nas imagens,o tumor apresenta-se com caráter infiltrativo e anel necrótico. Marcadores moleculares foram identificados no glioblastoma, como por exemplo :O6-metilguanina-DNA metiltransferase (MGMT), isocitrato desidrogenases (IDH) e amplificação do gene de receptor do fator de crescimento epidérmico e são estudados a fim de correlacionar essas alterações a uma melhor resposta ao tratamento. Atualmente, o glioblastoma representa um grande desafio à ciência e estudos por todo o mundo buscam por novas estratégias para aumentar o tempo e a qualidade de vida de pacientes acometidos pela doença.