Influência do vírus da hepatite G (HGV) em pacientes portadores de HIV

Abstract

A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) gera uma doença, a AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida), que em 22 de dezembro de 1986 foi incluída na relação de agravos de notificação compulsória. Considerando-se, mais tarde, o vírus causador de uma pandemia com milhares de óbitos ao redor do mundo. Dentre todo o alarde, tratamento com antirretrovirais, propagandas para proteção em relação sexual, em 1998, foi divulgado uma pesquisa que correlacionava, de maneira positiva, dois vírus: o HIV e Vírus da Hepatite G (HGV). O HGV foi descoberto a partir de um estudo iniciado em 1967, quando inoculado em macacos, amostras de soro obtidas de um cientista que se auto inoculou com diferentes cepas de hepatite. Por não trazer alterações fisiológicas, muito se questiona sobre o uso do termo ?hepatite? em seu nome. No entanto, pouco tempo se passou desde o progresso no conhecimento das causas, biologia e infecção do HGV que vêm conquistando protagonismo quando associado ao HIV. Juntos, a coinfecção apresenta resultados positivos quanto evitar a progressão do HIV para a AIDS, por diversos mecanismos, como alteração de receptores de CD4, alteração de produção de quimiocinas, alterando produção de linfócitos. Notou-se que, o HGV em associação com HIV, regride a progressão do portador de HIV para a AIDS, mantendo os níveis de células TCD4 estáveis, e também, auxilia em tratamento com antirretrovirais. Considerando os elementos nesta revisão de literatura realizada, acredita-se que a associação do HIV e HGV seja benéfica, mas que também evidencia a necessidade de novos dados acerca do assunto para maior entendimento da coinfecção, assim auxiliando as buscas para uma menor progressão da doença, estabilidade do número de óbitos, e melhor expectativa de vida para os portadores de HIV.