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Título: Um futuro promissor com o uso de MIR-143 e SHRNAS no tratamento de câncer cervical causado por HPV 16 e 18
Autor(es): Lima, Fabio Mitsuo
Cazalini, Pietro Vasconcellos
Scalise, Viviane
Palavras-chave: MicroRNAs
Neoplasias do colo do útero
Papillomaviridae
RNA interferente pequeno
Data do documento: 2022
Editor: Centro Universitário São Camilo
Resumo: Em condições fisiológicas normais, as proteínas supressoras tumorais pRb e p53 não permitem que uma célula alterada avance no ciclo celular; entretanto, quando há uma infecção por um HPV de alto risco oncogênico (HRHPV) (principalmente HPV-16 e 18) nas células cervicais, as oncoproteínas virais E6 e E7 as degradam, gerando células imortalizadas e iniciando a tumorigênese, dando origem ao câncer cervical (CC), uma neoplasia maligna caracterizada pelo crescimento desordenado de células em um tecido/órgão podendo disseminar-se pelo corpo (metástase). Em mais de 90% dos casos de CC há o envolvimento da infecção por HRHPV, a IST mais contagiosa existente, relacionando-se a 690 mil casos de câncer por ano. Atualmente são usados como tratamento a crioterapia, eletrocauterização, cirurgia de alta frequência (CAF), cirurgia a laser ou ainda a histerectomia, que podem impossibilitar uma gravidez futura ou levar ao reaparecimento de lesões, não curando as mulheres definitivamente. Tratamentos utilizando microRNAs (miR) e short hairpin RNAs (shRNAs) são abordagens menos invasivas, que mostraram ótima eficácia in vitro e in vivo devida sua ação focalizada. Ambos são pequenos RNAs não codificadores, um subtipo de RNA de interferência, capazes de controlar a tradução. Enquanto os microRNAs estão presentes fisiologicamente, o shRNA é artificial, inserido em plasmídeos. Esse trabalho tem como objetivo revisar a proposta de uma nova abordagem de tratamento para o CC causado por HPV-16 e HPV-18, utilizando-se miR-143 e/ou shRNAs, a partir de artigos publicados entre 2017-2022, em inglês, nas bases de dados Google Acadêmico e Pubmed, a fim de obter resultados recentes sobre a temática, utilizando se o operador booleano AND, sendo selecionados 20 trabalhos que empregaram o miR e shRNA in vitro ou in vivo para fins de tratamento. Foram selecionados diferentes estudos demonstrando que o miR-143 encontrou-se subexpresso no CC, perdendo seu potencial inibitório sobre diversos alvos intracelulares, dentre eles: HIF-1a, GOLM1 e BCL-2, responsáveis pela angiogênese, biossíntese/transporte de proteínas e inibição apoptótica, respectivamente e, em decorrência desses dados, alguns trabalhos visaram aumentar sua quantidade para retomar suas funções. Já o shRNA foi desenhado em diferentes estudos para ter como alvo: as oncoproteínas virais, degradando-as, com consequente retorno das funções de pRb e p53; além do NF90, regulador positivo da expressão de HIF-1a, e a ASF1B, relacionada a progressão do ciclo celular. Foram obtidos uma redução da proliferação celular, maiores taxas de apoptose e redução do volume tumoral com o uso de ambas as intervenções; todavia, o uso de shRNA contra E6/E7, nos artigos revisados, levou a quase erradicação do tumor ou a reduções drásticas de tamanho. Portanto, concluiu-se que o miR-143 e shRNAE6/E7 mostraram ser promissores no tratamento de CC, além de menos invasivos. O sinergismo entre eles poderia ser considerado para possível aplicação em estudos futuros, na tentativa de trazer uma cura para pacientes com a doença.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br:8080/jspui/handle/123456789/1339
Aparece nas coleções:Trabalhos de Conclusão de Curso (Graduação)

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