Efeito do sono inadequado na resposta imunológica

Abstract

As alterações e distúrbios do sono se tornaram problemas globais. No Japão as alterações ocorreram em 17-22% da população japonesa, já na população de Portugal e da Finlândia os distúrbios estão estimados entre 7% e 50% e o Brasil aproximadamente 108 milhões de brasileiros podem ser afetados pelos distúrbios do sono. A redução do sono está se tornando mais comum, uma marca registrada na sociedade moderna. Essa redução está relacionada às mudanças da vida moderna, como necessidades relacionadas ao trabalho, responsabilidades sociais e domésticas e estilos de vida atuais. A exposição à luz pode ser determinante para o funcionamento do sistema endócrino e nervoso, grandes exposições podem levar a problemas do ciclo sono-vigila e do ritmo circadiano. Quando há a estimulação sensorial da luz não há a ativação da glândula pineal, consequentemente não haverá a produção e liberação de melatonina, sendo ela, responsável por mecanismos relacionados a indução do sono e de funções antitumorais. O sono resulta da inibição de sistemas promotores de vigília por fatores homeostáticos do sono, e sua diminuição pode desenvolver doenças pelas mudanças no funcionamento do corpo. A falta de sono afeta o sistema imune em diversas maneiras, em especial às concentrações séricas de citocinas. Além de afetar células do sistema imune, resposta a diferentes patógenos, desafios imunológicos e processos alérgicos. Alguns desses efeitos estão relacionados com o aumento da atividade neuroendócrina e do estresse, consequentemente atrapalha o sistema imunológico pela desregulação de citocinas pró-inflamatórias e células imunes.