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Título: Correlação entre eixo cérebro-intestino e o desenvolvimento de ansiedade e depressão
Autor(es): Passadore, Mariana Doce
Mello, Clara Giani de
Higutsi, Karine
Abreu, Laura Miranda
Scervino, Luiza de Jesus
Roncáglio, Natália da Silva
Palavras-chave: Ansiedade
Depressão
Microbiota
Eixo encéfalo-intestino
Data do documento: 2022
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: MELLO, Clara Giani de et al. Correlação entre eixo cérebro-intestino e o desenvolvimento de ansiedade e depressão. São Paulo, 2022. 61 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2022.
Resumo: INTRODUÇÃO: A depressão e a ansiedade são transtornos psicológicos que afetam grande parte da população brasileira e apesar dos esforços intensivos para melhoria no tratamento muitos pacientes apresentam resistência a terapia e medicamentos atuais, visando novas alternativas, torna-se necessário ter um maior conhecimento sobre a comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro e a composição da microbiota. OBJETIVO: Correlacionar o eixo cérebro-intestino no desenvolvimento da depressão e da ansiedade. MÉTODO: A pesquisa foi realizada com base em referências literárias (livros, e-books e monografias) e 84 artigos científicos, cuja seleção foi feita por meio das ferramentas de busca Scielo, Pubmed e ScienceDirect a partir do ano de 2000, nos idiomas português, inglês e espanhol, com a técnica booleana para cruzar palavras-chaves. RESULTADOS: O eixo cérebro-intestino é uma via de sinalização entre o trato gastrointestinal e o sistema nervoso central, e utiliza vias como os sistemas nervoso parassimpático, o imunológico, o neuroendócrino e o circulatório para se comunicar. Fatores emocionais podem induzir respostas físicas, como alterações gastrointestinais, e o intestino por sua vez pode proporcionar estado de tranquilidade ou alarme. As células constituintes do sistema nervoso entérico interagem diretamente com o cérebro e expressam uma resposta decorrente das reações de estresse, levando ao aumento do cortisol e debilitando o sistema imune, podendo levar inclusive à inflamação e dor crônica, o que provoca ansiedade, depressão e outros distúrbios. Bactérias intestinais têm efeitos no organismo e na saúde mental e apresentam forte influência na neuroinflamação, neurotransmissão, modulação de comportamentos de ansiedade, produção de aminoácidos essenciais, entre outras. Estabelecer práticas alimentares mais saudáveis, como o consumo adequado de alimentos ricos em triptofano, como cereais integrais, peixes, oleaginosas, verduras, frutas e legumes é importante para um bom funcionamento do intestino e de forma subsequente para o tratamento da depressão, visto que esse aminoácido sintetiza a serotonina, que no cérebro é responsável pela sensação de bem-estar. Além disso, a prática de exercícios físicos regulares, o controle do estresse e a redução do uso de drogas e álcool são ações capazes de diminuir o risco de prejuízos à saúde mental. CONCLUSÃO: Existe uma correlação do eixo intestino-cérebro-microbiota com o desenvolvimento da ansiedade e depressão. São necessários mais estudos científicos aprofundados para o desenvolvimento de novos tratamentos e melhor compreensão da relevância do tema.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br:8080/jspui/handle/123456789/1283
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