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Título: Divórcio e paternidade: implicações para o desenvolvimento infantil
Autor(es): Mareuse, Márcia Aparecida Giuzi
Melo, Karine Meriane de
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil
Divórcio
Psicologia do desenvolvimento
Relações pais-filho
Data do documento: 2016
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: MELO, Karine Meriane de. Divórcio e paternidade: implicações para o desenvolvimento infantil. São Paulo, 2016. 92 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2016.
Resumo: A família tem papel fundamental na constituição do sujeito, independentemente da configuração em que se encontra. O divórcio implica em diversas mudanças e adaptações. A continuidade da relação entre pais e filhos após o rompimento da conjugalidade é questão central, já que as funções materna e paterna se complementam no exercício de cuidado com a criança. É comum que a guarda dos filhos seja direcionada às mães, sem uma problematização do contexto familiar e das possíveis implicações desta ação para as relações paterno-filiais. A partir disso, é frequente o afastamento paterno após o divórcio. A maneira como as relações se configuram após o divórcio e o afastamento paterno podem influenciar no desenvolvimento emocional dos sujeitos. Este estudo buscou analisar as implicações do divórcio para o desenvolvimento infantil e as possibilidades de vivência da paternidade com vistas à proteção e bem-estar emocional da criança. Estudo de natureza qualitativa, caráter exploratório e descritivo, consistiu em uma pesquisa bibliográfica junto a livros e artigos das Bases de Dados Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, sobre os temas: família, desenvolvimento infantil, divórcio, relações pais-crianças, custódia, e os operadores booleanos and ou or. Os resultados evidenciam que o engajamento paterno após o divórcio depende da qualidade estabelecida no vínculo entre pai e filho desde seu nascimento. Assim, o divórcio não implica necessariamente no afastamento paterno, porém a relação complexa que se estabelece entre os ex-cônjuges pode ser prejudicial e privar o filho do direito de convivência com o pai. O afastamento paterno constitui ruptura de um vínculo afetivo, podendo afetar a confiança da criança em relação à disponibilidade das figuras de apego, levando à vivência de afetos como constante ansiedade, medo, saudades e raiva. Em decorrência, a criança pode se desenvolver sócioemocionalmente como depressiva, passiva, inibida, ansiosa, agressiva ou raivosa, ou ainda apresentar comprometimentos psiquiátricos (psiconeuróticos, sociopáticos ou psicóticos). A criança pode viver diversas fantasias como forma de compreender o divórcio, dentre elas a fantasia de ser cônjuge de um dos pais, por estar faltando uma ?ponta? do triângulo. As reações da criança a interações podem ser contraditórias e o cuidador dela pode ser afetado por recebê-las. São comuns reações psicossomáticas, o fracasso escolar, e consequências para além dos lares, como a delinquência e a violência. Para priorizar o bem-estar dos filhos, é necessário que os pais consigam diferenciar relações conjugais das relações parentais. Para que a criança elabore emocionalmente o divórcio e para que se mantenham os vínculos paterno-filiais apesar dele, é necessário o envolvimento de três pilares: família, Direito e sociedade. Estes pilares devem funcionar como base para instaurar uma cultura que preze pela parentalidade, para além dos conflitos da conjugalidade. Cabe à Psicologia e demais áreas do conhecimento redirecionarem suas atuações, aproximando a família de seu potencial de parentalidade, levando a um desenvolvimento infantil mais protegido e potencialmente saudável.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/1201
Aparece nas coleções:Trabalhos de Conclusão de Curso (Graduação)

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