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Título: Avaliação da atividade antidengue 2 (CEPA 46) in vitro de compostos derivados de plantas, fungos e bactéria
Autor(es): Henriques, Dyana Alves
Bio, Larissa Vieira
Palavras-chave: Dengue
Produtos biológicos
Técnicas in vitro
Data do documento: 2016
Editor: Centro Universitário São Camilo
Citação: BIO, Larissa Vieira. Avaliação da atividade antidengue 2 (CEPA 46) in vitro de compostos derivados de plantas, fungos e bactéria. São Paulo, 2016. 60 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2016.
Resumo: Dengue é uma das mais importantes doenças virais transmitidas por mosquitos no mundo, causando cerca de 100 milhões de infecções sintomáticas por ano em mais de 125 países e áreas endêmicas. De janeiro até agosto de 2016, mais de 1.42 milhões de casos prováveis de dengue foram registrados no Brasil, o que teve o maior número de vírus da dengue anual infecções (DENV) notificados nas Américas. Até agora, não existe um fármaco específico disponível comercialmente para o tratamento de infecções por dengue. Dada a importância dos recursos naturais para o desenvolvimento de novas drogas antivirais, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-dengue de nove compostos derivados de produtos naturais. As amostras testadas foram: EEPV, extrato etanólico de própolis verde; EEPVM, extrato etanólico de própolis vermelha; EPS L. plantarum, exopolissacarídeo produzido por bactérias Lactobacillus plantarum; EPS Agaricus, exopolissacarídeo produzido pelo fungo Agaricus brasiliensis; MI, um glucomanano micelial [(1,3) -beta-D-gluco- (1,2) -beta-Dmanano] obtida a partir do fungo Agaricus brasiliensis; MI-S, o derivado quimicamente sulfatada de MI; SIIb, uma ß-glicana purificada da parede do fungo Agaricus brasiliensis; Escina, uma mistura natural de saponinas triterpenos isolados de sementes de castanha da índia (Aesculus hippocastanum L). A citotoxicidade das amostras foi avaliada em células BHK-21 pelo ensaio de MTT. A atividade potencial anti-DENV-2 (cepa 46) foi avaliada por ensaio de redução de placas de lise em duas estratégias de tratamento diferentes. O tratamento simultâneo, em que as amostras foram adicionadas ao mesmo tempo da infecção pelo vírus; e o tratamento de pós-infecção, em que as amostras foram adicionadas 1 hora após a infecção pelo vírus. Os resultados foram expressos em termos de concentração 50% citotóxica (CC50) e 50% as concentrações eficazes (EC50), a fim de calcular o índice de seletividade (SI = CC50 / EC50) das amostras testad que apresentassem atividade antiviral. As quatro amostras que obtiveram atividade anti-DENV-2 tiveram o EC50 obtido, no tratamento simultâneo para MI, MI-S, EEPVM e escina foram 41630, 278.45, 1890 ng/mL e 0.73 uM, respectivamente, resultando nos valores de SI: 23, 150, 8 e 23, respectivamente. E no tratamento pós-infecção, apenas a escina e MI-S apresentou atividade com valores de SI de 7 e 71, respectivamente. Em conclusão, MI-S foi a amostra mais eficaz em ambos os tratamentos dentre todas amostras testadas. Devido às suas características químicas, este polissacarídeo sulfatado provavelmente atua inibindo os passos iniciais da replicação viral (adsorção e penetração), como já foi descrito para o Herpes Simplex vírus tipo 1 e 2. Além disso, este composto foi caracterizado quimicamente e pode ser produzido em biotecnologicamente média escala (biorreator de 5 litros), que mostra o seu potencial para o desenvolvimento farmacêutico.
URI: http://repo.saocamilo-sp.br/xmlui/handle/123456789/1021
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