Marcadores moleculares envolvidos na resistência de Plasmodium spp. às drogas antimalárica

Abstract

Este trabalho abordará aspectos gerais relacionados à malária, com foco nos mecanismos de resistência do parasita aos antimaláricos mais utilizados e nos marcadores empregados no rastreamento e controle da resistência. Para tal objetivo utilizará trabalhos científicos encontrados nas bases de dado eletrônicas e livros do Sistema Integrado de Bibliotecas Pe. Inocente Radrizzani. Os medicamentos usados no tratamento da malária podem ser divididos em esquizonticidas sanguíneos, esquizonticidas teciduais, gametocíticos e esporonticidas. O composto considerado atualmente como linha de frente no combate à malária é a artemisinina. O genoma de Plasmodium é altamente polimórfico e a resistência a antimaláricos é primordialmente gerada por mutações do tipo SNP. Um dos maiores desafios no controle da malária é o rápido desenvolvimento de resistência do parasita aos medicamentos. O monitoramento de resistência pode ser feito pela tipagem de marcadores moleculares. Os marcadores de resistência de P. falciparum mais conhecidos são PfDHFR e PfDHPS (envolvidos na resistência aos antifolatos) e as proteínas transportadoras, que são muito polimórficas e conferem resistência a uma diversidade de medicamentos. Em relação ao P. vivax, ainda se sabe pouco sobre os marcadores, e seu estudo tem se baseado na análise de marcadores já conhecidos de P. falciparum. Foi descoberta recentemente que a proteína K13 está ligada ao surgimento de cepas de P. falciparum resistentes à artemisinina, causando preocupação à comunidade científica. Os marcadores moleculares são uma ferramenta de grande importância no monitoramento de resistência, na predição e na tomada de medidas preventivas, devendo ser estudados de forma mais intensa.